quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Solteiro no Rio de Janeiro - Toni Garrido

Balzacas,meninos do Rio, ficantes, prospects. Ser solteiro também é muito bom!

Mulher solteira não procura

Hoje, dia do solteiro [e viva as comemorações!] dedicamos este post a nossa amiga Soninha, que recentemente passou da categoria “casada e desesperada” a “separada e aliviada”. É, ela finalmente se decidiu – depois de três anos de muita terapia, é verdade, e mais alguns anos à frente de defrag do sistema.

E não precisa agradecer, Soninha! Essa troca de figurinhas é sempre fundamental para nos botar no prumo, lembrar dos porquês, acreditar nas escolhas. Tudo mudou? Amiga balzaca, você ainda não viu nada! É tudo novo de novo!

E vamos aproveitar para quebrar alguns mitos. Estar sozinha pode ser bom demais também. Tem certas coisas que só a solteirice pode proporcionar. Se não, vejamos:

- Primeiro de tudo: você emagrece que é uma beleza. Solteirice pós-separação faz mais milagres pela sua forma do que qualquer bolinha, dieta da sopa, da proteína, do tipo sangüíneo, do chá verde, da luz.... [A não ser que você seja das compulsivas que descarregam tudo na geladeira.] O personagem principal passa a ser você, quando na verdade sempre deveria ter sido! Um dos maiores equívocos é viver o conhecido casamento embolado: ele é você, você é ele... tudo junto e misturado. Agora, você olha no espelho e fala: Oi, muito prazer! Respira fundo e parte pra luta.

- Você pode perder ou ganhar horas comprando coisinhas só pra você. Creminhos, produtinhos light, sopinhas... E viva os pacotes individuais feitos sob medida para solteiros. Mas se por um lado você economiza, por outro pode gastar mais. Todo cuidado é pouco.

- Que tal um spa domiciliar naquele domingo chuvoso? Banho de óleo de amêndoa, mel no rosto, babosa no cabelo, rodelas de pepino ou compressas de chá de camomila [pras olheiras, claro!] e outras variações gosmentas e melecadas.

- Depilar a perna – com pinça! Pelinho por pelinho, sem achar que está perdendo tempo com isso. Altamente terapêutico.

- Despejar todas as suas roupas na cama – que agora é só sua! lembre-se – até escolher aquela que mais combina com o seu astral do dia (ou da noite). E sair sem precisar recolher as roupas! Aliás, você pode guardá-las de volta quando bem entender – ou quando a empregada começar a fazer cara feia.

- Se arrumar toda e sair. Apenas sair. No caminho você decide aonde ir, com quem ir. E se ficar chato, você simplesmente vai pra outro lugar – sem dar satisfação a ninguém. Afinal a noite é uma criança!

- Pegar um DVD naquela sexta à noite [só aquelas em que você não quer ver ninguém ou em que a sua mãe, empregada, melhor amiga, vizinha ou – vá lá – seu ex não pode ficar com as crianças], de preferência um daqueles romances bem açucarados, pra você chorar até ficar com a cara inchada. E depois dormir na sala mesmo, de roupa e tudo.

- Ler, ler e ler. De revista Nova a Piauí, de horóscopo a economia, de filosofia a revista Caras.

- Atualizar sua personal network, incluindo amigos, conhecidos, praticamente desconhecidos e – o mais importante – prospects. Um processo que geralmente segue três etapas: primeiro, você se sente sozinha. Vive um luto pessoal que pode durar uma hora, um dia, um ano. Não importa... esse tempo é seu. Lembre-se: só seu. Mas, passado esse período, vêm as perguntas: Caraca, pra quem eu vou ligar?, Em que mundo eu estava que não vi nada acontecer? Aquela sua amiga casou, o mais galinha dos seus amigos agora é um pai de família [é, depois de anos, casou com aquela sua colega que pegava todos! E ainda assumiu os dois filhos dela!!!]. Depois, você entende a máxima de que o mundo é um Orkut. Quer ver só? Liste seis amigos/amigas e conheça amigos/amigas deles. A sua rede está formada e pode crescer em proporções astronômicas. E no meio desse povo todo, certamente você irá descobrir que conhece alguém, que conhece alguém, enfim... que conhece alguém. E aí o terceiro e último passo [ótimo, por sinal]: você passa a receber vááááários torpedos e escolhe com quem vai sair. Ou melhor, junta todo mundo e aumenta ainda mais a sua rede de relacionamentos.

A gente poderia continuar essa listinha básica aqui por horas e horas a fio. Mas como hoje é dia dos solteiros, e a gente também quer comemorar, fica aí o convite pra galera completar o post.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Amigas são pra essas coisas

Amigas de infância, de colégio, de faculdade ou de vizinhança. Do trabalho, do cursinho, das terças-em-dobro* ou do carnaval. Do futebol no Maraca (e quem disse que a gente não gosta?), do circuito cultural em Santa, da praia aos domingos ou do cinema às segundas. Do boteco da Lapa ao bistrô do Leblon, amigas sempre têm o que dizer, o que viver, o que lembrar. Afinal, amigas são pra rir junto num chopp*, chorar junto com um vinho*, ou falar merda com champanhe* – não necessariamente nessa ordem.

E pra que mais servem as amigas?

Amigas... bem... Amigas são pra tirar pedra, papel e tesoura quando um mesmo gato interessa a ambas. E, mesmo que ela ganhe, tira o time de campo quando percebe que ele tá de olho (ela jura que dessa vez ele olhou diferente) em você.

Amigas são também pra criar códigos que só as amigas entendem: “A vida não é justa”, quando Murphy impera e dois aparecem ao mesmo tempo [impressionante como a mesma lei não vale quando a gente está sozinha]; “Isso não é pra você”, quando o cara é um galinha, um grosso, um babaca ou um péla-saco; “Ih, é esteticamente desfavorecido”, “Ele é assim... grandão” [melhor deixar como código].

Amigas, aliás, são pra criar asas quando você está prestes a entrar numa furada. Ou algumas vezes pra se jogar de cabeça na furada com você. Amigas são pra te salvar daquele impulso insano, quando você dá de cara com um ex- (namorado, ficante, prospect) com outra [e o pior, com mais de um ex, mais de uma vez, sempre no mesmo lugar. É... amigas são pra quebrar algumas maldições que alguns lugares trazem.]

Mas só amigas ligam no dia seguinte pra perguntar: – E aí? Como foi? E ainda esperam você contar tudo, nos mais mínimos detalhes. – Nota de 1 a 10? [É, meninas também sabem fazer rankings de melhor performance.]

Amigas são das poucas pessoas no mundo que perguntam se seu filho sarou, se sua mãe melhorou ou se a sua TPM passou. A propósito, só mesmo amigas entendem aquela sua síndrome maldita, sem questionar seu (péssimo) humor – que costuma variar da vontade de matar à mais profunda vontade de morrer.

Amigas percebem que você não está nada bem, sem nem mesmo ter aberto a boca. Ou que sua pele está ótima, e a noite com certeza foi maravilhosa!

E por falar em noite, amigas avisam que aquela loja de lingerie está em liquidação. E ainda se oferecem pra ajudar a escolher o conjuntinho mais propício para ocasiões de más intenções.

Mas amigas também são pra dizer que certa roupa não te favorece. Que essa moda de legging e bata definitivamente não é pra você. Que é melhor colocar a bota pra dentro da calça. Ou, simplesmente mandar na lata, a tempo de você mudar de roupa antes de sair:

- Querida, se você queria parecer uma pistoleira, conseguiu!

E quando você diz que ama aquela jaqueta que ela diz que quase nunca usa, lá vem ela com:

- É sua. Fica muito melhor em você.

Amigas são pra você perceber que, mesmo que de vez em quando se sinta só, quem tem amigas tem (quase) tudo nessa vida. E não importa quantas primaveras, invernos ou verões já tenham passado – 10, 20, 30. Porque certas coisas definitivamente não mudam.

Ainda bem.



N.B.: Aproveite a terça-feira para um brinde à amizade. Ou a quarta, a quinta... Ops! sexta não, que sexta-feira é o dia internacional do não-amigo. Mas também tem a praia de sábado, a Lagoa de domingo, o cinema de segunda... O que vale é reunir as verdadeiras amizades – que podem ser entre amigas, entre amigos, ou entre amigas e amigos, com muita ‘palavra pra molhar’.


Champanhe

Champanharia Ovelha Negra
Rua Bambina 120, Botafogo. Tel.: (21) 2226-1064). 17h/23h (fecha sáb. e dom.). Trabalha com 40 rótulos. Serve sanduíches e petiscos. Não tem estacionamento.

Barbulhante Champanharia
Rua Barão da Torre 183, Ipanema. Tel.: (21) 2267-8746. 18h/2h (todos os dias). Trabalha com 60 rótulos. Serve aperitivos e pratos quentes. Não tem estacionamento.

Xampanheria
Rua Paul Redfern 37, Ipanema. Tel.: (21) 2529-6323. 18h/1h (fecha dom.). Mais de 130 rótulos. Serve petiscos. Estacionamento com manobrista.

Terça em dobro

Bar do Adão
Grajaú:.Av. Engenheiro Richard, 105 A . Tel.: (21) 2577.0730
Botafogo: Rua Dona Mariana, 81. Tel.: (21) 2535.4572
Aperitivos, deliciosos pastéis, escondidinhos, caldos e "aquele" choppinho.

Bar Luis
Rua da Carioca 39 – Centro. Tel.: (21) 2262-6900.
Fundado em 03 de janeiro de 1887, o Bar Luiz carrega a tradição e a história da boêmia no Rio de Janeiro. A casa, fundada há 120 anos, deve receber em breve o tombamento de sua marca. No cardápio, frios, pratos alemães, vinhos e o bem tirado chopp.

Drinkeria Maldita
Rua Voluntários da Pátria 10 – Botafogo. Tel.:(21)2527-2456
Terça em dobro. Chope e sanduíche submarino em dobro, de 18h até 0h.

Mistura Carioca
Rua Gomes Freire, 791- Lapa. Tel.: (21) 2221-6833
Nesta terça, dia 14 de agosto, Roda de samba com o grupo Batifundo. Os músicos recebem convidados especiais. Nos intervalos, DJ Barba comanda as carrapetas.
Chopp Duplo até meia noite!

Adega do Juca
Rua Paissandu 122- Flamengo.Tel.:(21)2225-2843
Pra quem gosta de bolinho de bacalhau e caipirinha de salinas, essa é uma ótima opção.