quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ambientalmente correto?



Se fosse antigamente teríamos recebido este e-mail em formato de carta, postado pelos correios, com selo e tudo. Mas como balzaca também é “migrante digital”, as Bias e Sophias estão frenéticas e não param de nos enviar suas histórias para dar aquela apimentada no Desbancando.

Autora do blog www.escrevendobebada.com.br a BBL [vulgo morcega] se deparou com esse mega anúncio, enquanto voltava da academia [sim, ela malha!!!] e pensou que não podia perder a oportunidade de expressar a sua opinião.

A idéia do blog da BBL é sempre escrever em formato de carta, por isso lá vai:

"Caras Bia e Sophia,

Andando na rua despretensiosamente, após uma boa aula de ginástica, me deparei com o anúncio acima. Nossa, enfim uma campanha de awareness interessante! Não pude deixar de fazer o link com o ex que me ligou ontem às 24h30m para trocar figurinha, e que de repente não parou mais de perturbar.

Agora que sacudimos a poeira e estamos convencidas que sim, vamos dar a volta por cima, eis que volta o sujeito. As desculpas podem variar desde “deixei um CD aí que gostaria de volta” até “precisamos discutir finanças”.

Meu Jesus*! Ônus sem bônus não dá para encarar!

A única diferença desta situação e a campanha da prefeitura - que merece até um aparte: "what the hell" – é que no meu caso eu já cuidei, eduquei, tratei, mas agora não aceito de volta!!!

Hoje em dia amigas, é melhor colocar o lixo para fora mesmo.

Bjs,

BBL".

* Quem foi sabe. Algumas vezes só nos resta chamar Jesus.

domingo, 30 de novembro de 2008

Torpedo na mão de bêbado é bomba.


Atire o primeiro gadget quem nunca, nunquinha, sacou o celular da(o) bolsa(o) no meio da madrugada, litros de álcool depois, pra mandar um:

- Saudades
- Perdeu
- Não te entendo
- Te adoro
- Precisamos conversar
- Te amo
- Te odeio
- ...

Se beber não digite.

Antes de abrir uma nova mensagem, vá ao banheiro. Você já bebeu o suficiente e certamente tá com vontade.
Se tiver fila – fato que vai ter, banheiro feminino é uma praga – concentre-se em contar quanto tempo cada mulher gasta fazendo xixi. (Já contamos: dá entre 35 e 50 segundos pras mais solidárias e conscientes de que há um batalhão de moças apertadas lá fora.)
Na volta, é bastante provável e compreensível que a vontade não tenha passado. Afinal, enquanto contava, observava a mulherada ajeitando a calcinha, o cabelo, o batom, os dentes... e ouvia o falatório (mulher sempre vai ao banheiro no mínimo em dupla, ô praga), você certamente elaborou mensagens mais poéticas, loucas, cifradas, putas...
Continue firme. Dê uma ocupação para os seus dedos torpedeando aquela sua amiga que ficou em casa puta da vida, mas que, boa amiga que é, vai entender que você tá numa pior. E se bobear vai até responder e dar uma força digital.
Continue mantendo seus dedos ocupados. Beba mais uma, fume mais um, descasque o que restou do esmalte da unha...
Mas se você não resistiu e deu send, ou, em bom português, enviou, tudo bem. Acontece nas melhores – e nas piores – famílias. Aconteceu com você. Virou machete. O que tava preso na garganta, ou melhor, na ponta de seus dedos, saiu. Falei, pronto.