terça-feira, 14 de abril de 2009

Está nascendo um novo homem?



Dia desses, o @marcelo_almeida me surpreendeu com um poema em ode à lua que enchia redondamente amarela e linda o céu de sexta à noite. Dias depois, o mesmo poeta que se identifica como pai da Carol indicou esse comercial da Sprite (não é post pago, quem dera) como um dos melhores que ele já viu: “Identificação completa... várias dessas nos últimos 7 anos”. Não conheço o Marcelo pessoalmente, mas pela bio descobri que, além de poeta, ele é judoca.



Dias antes, ainda, outra twittada (é, viciamos mesmo no passarinho) me chamou a atenção: “O Homem Novo, meu amigo”. Também não conhecia o @IvanHM, nem sabia que ele é Diretor-Executivo de Época, mas o enunciado de um homem sobre um novo homem... e ainda por cima amigo dele? Esse eu tinha que conhecer.

Um pouco decepcionada com o final da história (penúltimo parágrafo), fiquei mais aliviada ao receber do Ivan a resposta de que o homem novo existe por aí, aos pedaços, parcialmente em construção, ainda.

Fico feliz em poder compartilhar alguns desses pedaços. Poderia até citar outros homens que já experimentam essa reconstrução do masculino e a conquista necessária do tal “teritório doméstico” da mulher. Quem sabe eles até se identificam por aqui?

Nascida sob o signo da “emancipação” feminina, contemporânea da pílula anticoncepcional, sempre tive a mais pura convicção de que o homem precisava queimar a gravata em praça pública. Primeiro porque não admito mesmo a ideia de trabalhar de terno e gravata num calor de 40º – viva a rasteirinha que nós, mulheres, conquistamos o direito de usar. E segundo e principalmente porque convivo com uma espécie que infelizmente ainda não está em extinção. Está em nossas casas, empresas, e se bobear ainda se desenvolvendo nas universidades, escolas nas ruas.

Mães de meninos (eu de um quase-pré-adolescente de 9 anos, e Sophia de uma dupla de 7 e 5), temos uma absurda responsabilidade (até porque, com muitas de nós, a responsabilidade fica mesmo por nossa conta e risco) na criação dos novos homens que gostaríamos de ver crescer. O que talvez passe por uma revisão maior de nossos próprios conceitos sobre diferenças e igualdades. Talvez esse novo homem nem precise saber o que são gérberas. Mas cuidar do filho e no final da balada agarrar a própria mulher, ah, isso é urgente, sim.