Recaída
Não tem muito jeito, não. Mais dia, menos dia, você acaba tendo uma.
Dizem que ex é que nem Mc Donald’s: você sabe que faz mal, mas um dia acaba comendo.
Dependência?
Carência?
Querência?
Um não sei se quero misturado com um querer que não se sabe muito bem quão é querido... ou quanto vale a pena.
O quereres e o estares sempre a fim
Mas um dia você acorda ao seu lado – ou ele acorda junto a você. A lembrança do que passou (passou?) apaga eventuais tropeços, desencontros... Você tem saudade, é fato. Foi bom. Vale pensar numa volta? Num recomeço?
No início você pode pensar que é só uma abstinência.
‘Eu posso viver sem ele.’ ‘Posso dormir sem ele.’ ‘Ser feliz sem ele.’
Claro que pode. Resta saber qual o caminho (solução? alternativa? escolha? ...) mais fácil. Mais confortável. Menos doloroso. Menos ansioso.
Às vezes é preciso voltar, sim. E pagar pra ver.
N.B.: Esse texto foi escrito quando Bia voltou a fumar, depois de 35 dias de Separação do cigarro. Não deu, ela não segurou a ansiedade, teve uma recaída e voltou. Mas sabe que tem que dar um basta e vai tentar de novo. Enquanto não consegue, vai assistir ‘Fumando, espero’, que estreiou nesse fim de semana.