domingo, 28 de dezembro de 2008

Foda-se, vamos tentar



Se você está cruzando a linha de chegada a 2009 como nós – exaustas, como quem correu 42km e precisa de sombra, água fresca, massagem e descanso – má notícia. É só mais um ano que está terminando. E ano que vem você vai continuar correndo.

A boa notícia (sim, há um vagalume no fim do túnel): é só mais um ano que está terminando.

Um ano em que você riu, chorou, foi triste, foi feliz.
Um ano em que você sofreu ou fez sofrer. Magoou ou foi magoado.
Acreditou. Desacreditou.
Apostou. Ganhou, perdeu.
Viveu. Vai lembrar. Vai esquecer.

2008 tá indo embora, devagarinho, arrastado, depois de meses que voaram como... sei lá, complete você.

Mas tá-se indo.

E que vá com Deus.

E que 2009 venha com um único pedido:

- CALMA!

Calma, moças (e moços)! Parafraseando a Marta Medeiros semana passada, que belamente parafraseou Drummond, calma é o mínimo que se pode desejar a alguém nos tais ‘dias de hoje’. Dias em que não se tem tempo... de se conhecer, de falar, de explicar, de ouvir, de esperar... ou até de descartar. Dias em que se cala porque é mais fácil e rápido que mentir. Dias em que se mente porque é mais fácil do que... viver.

Enfim, não deu pra fazer tudo em 2008. Não deu, pronto. Não deu pra levar as crianças em todos os médicos, não deu pra pagar todas as contas – de todos os médicos que você conseguiu levar. Não deu, foda-se. Não deu pra fazer todos os exames de todos os médicos que você conseguiu levar... Bem, fodam-se os remédios que você conseguiu comprar – eles não usaram mesmo.

Não deu pra estudar com as criaturas, e mesmo se você não trabalhasse, eles não dariam a mínima mesmo, como não deram (tanto que repetiram, ou re-repetiram).

Não deu pra cuidar de você. Não deu mesmo. No máximo o ginecologista (esse é sagrado, anualmente) ou o angiologista. O dermatologista, o alergista, o acupunturista... esses vão ficar pro ano que vem, se... bem, vai dar certo. Tem que no mínimo pensar assim. E tentar.

Tente outra vez é o nosso mantra pra 2009. Foda-se se não deu certo. Foda-se se você se enganou. Tente outra vez dessa vez um pouco diferente que seja.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Aos 15 anos, tudo é infinito



Chega de reclamar. Bora falar de uma das melhores notícias desse fim de anozinho filho de uma... ok, sem reclamar, podia ser pior (vale a pena ler de novo).

Machadão rock'n roll. Luis Fernando Carvalho mais uma vez do caralho. Cenário show. Horizontalidade louca. Trilha phodástica.

E os olhos de ressaca... ah, ainda não sei o nome da atriz (descobri) que interpreta a Capitolina que daqui a pouco vai crescer na pele e nos olhos da linda Maria Fernanda Cândido. Informar-me-ei.

Mas a Capitu de hoje (2º capítulo. breve no youtube) despede-se, aos 15 anos, de seu amor (?amor? deixemos o debate pro final da missérie).

EXTERNA / NOITE : Capitu e Bentinho, deitados na grama de mãos dadas, olham as estrelas
(não lembro se foi exatamente assim, mas não importa)

LOC. OFF: ... aos 15 anos, tudo é infinito.

Capitulei, pronto. Não faz muito tempo, eu, você e quase todo mundo (tem gente que começou mais tarde, mas vá lá) que freqüeta essa url viveu um grande amor aos 15. Talvez o primeiro de alguns que passaram e, muito provavelmente, ainda vão passar. E parecia mesmo infinito, lembra?

Sem saudosismo barato, falo como quem observa, aqui do quarto ao lado, uma menina-mulher de quase 15. Bem diferente daquela que a mãe foi há muitos bons anos, por diferenças óbvias de personalidade. Mas igualmente intensa, cigana, sedenta, afoita...

O que busca essa menina? O que quer essa mulher?

O que o destino ou o autor da história há de reservar a Capitu ou ao Bentinho... quem leu sabe, mas não é o final que vem ao caso. A maneira de contar ou reinventar a história é o que me faz esperar pelos próximos capítulos.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Relações 2.0. As divergências humanas na era da convergência

D.R. por e-mail, bate-boca por msn, ponto final via sms. Sinal (ocupado) dos tempos?

Tá tudo muito bem, delicious, cada um no seu myspace com algumas hashtags em comum. Até a hora em que a conexão cai.

Enquanto você tá on, ele reconecta e até pensa em fazer um download.

Dois anexos? Pesado demais. Hora de sign out.

Compreensível, seu desktop não combina muito com o dele. Suas comunidades não são as mesmas. É mais hardware do que o HD dele pode rodar.

E como roda o mundo, e o mundo é um grande orkut ou rede social do gênero, alguém entre os seus seis graus de relacionamento um dia reconhece aquele profile em outra url.

Natural que o sistema trave. A vontade é de mandar a figura praquelelugar.com.br (url não encontrada. vamos registrar o domínio!). Ou então você vai dar pau.

E dá – até porque a única coisa que você tem certeza é de não foi nem é um fake de si mesmo. Que você desbloqueou seu firewall e desabilitou todos os seus followers. E olha que nem o antivírus você rodou (!irresponsável!).

Mas passou. Foi um e-mail que passou em sua vida.

Dá um boot, aproveita pra fazer um defrag e reinicia. Faz um upload e atualiza que seu HD agüenta. Ah, guenta!


#prontofalei. E apesar de estarmos amargas que nem jiló, não, nós não perdemos a fé nas relações humanas, ou entre os bichos-gente. Acreditamos na comunicação face a face e, comunicólogas digitais que somos, temos convicção de que nada, nadinha substitui o diálogo.

N.B. Para continuar a reflexão sobre o assunto, vale a leitura. 'O calor de um processador com o cooler quebrado não substitui o calor humano.'

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ambientalmente correto?



Se fosse antigamente teríamos recebido este e-mail em formato de carta, postado pelos correios, com selo e tudo. Mas como balzaca também é “migrante digital”, as Bias e Sophias estão frenéticas e não param de nos enviar suas histórias para dar aquela apimentada no Desbancando.

Autora do blog www.escrevendobebada.com.br a BBL [vulgo morcega] se deparou com esse mega anúncio, enquanto voltava da academia [sim, ela malha!!!] e pensou que não podia perder a oportunidade de expressar a sua opinião.

A idéia do blog da BBL é sempre escrever em formato de carta, por isso lá vai:

"Caras Bia e Sophia,

Andando na rua despretensiosamente, após uma boa aula de ginástica, me deparei com o anúncio acima. Nossa, enfim uma campanha de awareness interessante! Não pude deixar de fazer o link com o ex que me ligou ontem às 24h30m para trocar figurinha, e que de repente não parou mais de perturbar.

Agora que sacudimos a poeira e estamos convencidas que sim, vamos dar a volta por cima, eis que volta o sujeito. As desculpas podem variar desde “deixei um CD aí que gostaria de volta” até “precisamos discutir finanças”.

Meu Jesus*! Ônus sem bônus não dá para encarar!

A única diferença desta situação e a campanha da prefeitura - que merece até um aparte: "what the hell" – é que no meu caso eu já cuidei, eduquei, tratei, mas agora não aceito de volta!!!

Hoje em dia amigas, é melhor colocar o lixo para fora mesmo.

Bjs,

BBL".

* Quem foi sabe. Algumas vezes só nos resta chamar Jesus.

domingo, 30 de novembro de 2008

Torpedo na mão de bêbado é bomba.


Atire o primeiro gadget quem nunca, nunquinha, sacou o celular da(o) bolsa(o) no meio da madrugada, litros de álcool depois, pra mandar um:

- Saudades
- Perdeu
- Não te entendo
- Te adoro
- Precisamos conversar
- Te amo
- Te odeio
- ...

Se beber não digite.

Antes de abrir uma nova mensagem, vá ao banheiro. Você já bebeu o suficiente e certamente tá com vontade.
Se tiver fila – fato que vai ter, banheiro feminino é uma praga – concentre-se em contar quanto tempo cada mulher gasta fazendo xixi. (Já contamos: dá entre 35 e 50 segundos pras mais solidárias e conscientes de que há um batalhão de moças apertadas lá fora.)
Na volta, é bastante provável e compreensível que a vontade não tenha passado. Afinal, enquanto contava, observava a mulherada ajeitando a calcinha, o cabelo, o batom, os dentes... e ouvia o falatório (mulher sempre vai ao banheiro no mínimo em dupla, ô praga), você certamente elaborou mensagens mais poéticas, loucas, cifradas, putas...
Continue firme. Dê uma ocupação para os seus dedos torpedeando aquela sua amiga que ficou em casa puta da vida, mas que, boa amiga que é, vai entender que você tá numa pior. E se bobear vai até responder e dar uma força digital.
Continue mantendo seus dedos ocupados. Beba mais uma, fume mais um, descasque o que restou do esmalte da unha...
Mas se você não resistiu e deu send, ou, em bom português, enviou, tudo bem. Acontece nas melhores – e nas piores – famílias. Aconteceu com você. Virou machete. O que tava preso na garganta, ou melhor, na ponta de seus dedos, saiu. Falei, pronto.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Run Forest, Run.



Essa semana foi conturbada para Sophia. Não se pode contar nos dedos de uma só mão os dias em que ela teve um almoço descente ou um momento de relax. Tá faltando tempo pra você amiga.....

Aquele tempo só seu, nem que seja para passar aquele creme caseiro de açúcar com mel no rosto, colocar os pés em um balde de água com sal grosso e ficar horrorosaaaaaaaaaaaaaaa, pra depois de Fiona virar a princesa, nem que seja somente em estado de espírito.

Só para vocês terem uma idéia, uma mulher de 35 anos, mãe de dois filhos, executiva e metida à inteligente precisa ter certo aparato tecnológico, de serviços e relacional para dar conta de tudo em 24 horas. É, porque até mesmo dormindo a mente anda [ ou corre ] trabalhando.

Pra começar, em uma semana, foram 4 consultas médicas - duas para cada filho - que seriam impossíveis de ocorrer se não fosse a existência do taxista delivery, amigo de Sophia, que leva e traz os rebentos, cabendo à progenitora “apenas” estar no mesmo Batlocal e no mesmo Bathorário para fazer o acompanhamento que lhe é cabido. Depois, “o” ou “os” rebentos são despachados diretamente no veículo e entregues sãos e salvos em sua residência.

Otimização de tempo. Aparatos relacionais e de serviços.

Reuniões? Umas 6. Palestras e Networking 3. Diferentes locais, diferentes dias e, é claro, diferentes assuntos. A cabeça pira, mas ao mesmo tempo Sophia fica impressionada com a sua capacidade de hiperlink e de, ainda assim, ser completamente apaixonada por ter insights, por ouvir pessoas e por pensar fora da caixa.

Inovação. Renovação. Mente aberta.

Aparatos relacionais e, neste caso, tecnológicos porque Sophia não abre mão do seu celular super potente que conecta a internet, o twitter, o Orkut, o GMail, mas que devido a sua sabedoria financeira, a utilização só lhe é permitida em ambientes que tenham wireless. Em casa, notebook novo, webcam e aquela vontade louca de produzir, mesmo que o cansaço a dê por vencida.

Chegamos então ao que o cansaço mental e físico faz com uma balzaca. Coisas estranhas que só acontecem com Sophia. Voltando de uma destas reuniões e depois de uma consulta médica pra lá de diferente – Cinesiologia [depois a gente fala disso]- Sophia resolve voltar para casa com a sua amiga.

A questão: Barra da Tijuca, 18 horas.
Detalhe: Caiu uma árvore na Niemeyer.

A amiga consciente de Sophia até tenta persuadí-la a tomar um [ ou muitos ] chopes até que o trânsito acabe, mas a consciência materna pulou como uma pulga na cabeça de Sophia e ela teve – isso não é raro – a brilhante idéia de pegar um ônibus que fosse pelo Alto da Boa Vista.

Há algum tempo atrás o 234 era o número. E lá vamos nós. Dezenove horas de uma quinta-feira, alegres e sorridentes dentro do 234. Só que este Mercedes não vai mais pelo Alto. Há quanto tempo isso mudou? Ninguém sabe, ninguém viu. Só sei que Sophia e a sua amiga entraram em pânico. Duas horas de engarrafamento mostro combinado com chuvinha pinga-pinga e com aqueles vendedores de bala, chiclete e “caneta que dá choque” dentro do silencioso transporte urbano.

Tudo bem, né? Fazer o quê? Vamos papear. Acontece que a amiga da Sophia teve a estratosférica idéia de saltar na Lagoa: “Vambora, a gente anda só um pouquinho e pega o ônibus do metrô em Ipanema". Detalhe : destino final,Tijuca.

Fazer o que, né? Simbora.

Saem as duas do transporte coletivo e saltam na Lagoa. Legal, pelo menos a gente faz um exercício. O problema é que a amiga da Sophia, tão lesada quanto, saltou no lugar errado. Resultado: Fizemos de tudo um pouco. A partir de ontem Sophia e sua amiga conhecem todos os bares da Lagoa, todos os corredores, o estilo de corrida – uns correm pro lado, outros equilibram o peso, teve até um que fez Sophia gritar de susto porque corria que nem um cachorro latindo, blergh!Imagina transando, deve uivar.

Papo vem, papo vai e um casalzinho que sabe viver a vida tava lá correndo junto e de repente, na chuvinha fina ensaiaram uma dancinha de forró, com a Lagoa e a árvore de Natal como pano e fundo......ai que bonitinho.

- E aí amiga? Falta muito?
- Calma Sophia...só mais duas voltas.

Sophia pesquisou e descobriu a árvore genealógica da amiga. Repleta de parentes de Minas Gerais que têm por costume falar “falta um tantinho só, sô”.

Conversei, andei, malhei e ouvi o Cantagalo cantar – ainda bem!- e finalmente sentei e ri muito indo da última para a primeira estação do metrô com direito a uma baldeação da integração para enfim chegar em casa. Quatro horas depois........


Run Sophia, Run.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A comunidade



Faz algum tempo que ouvi uma frase um tanto quanto estereotipada que as vivências e postagens do Desbancando retratavam [por debaixo dos panos] “um bando de mulheres infelizes à busca por um amor eterno”.

Criar ou definir estereótipos em pleno 2008 pode até ser considerado imoral. Já dizia Clarice Lispector – “O que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesmo”.

Quantas vezes estamos sozinhas, mesmo em um relacionamento? Abdicar-se de si mesmo em nome da felicidade e satisfação de outros não só traz sofrimento como a perda da identidade. Lembra das aulas de matemática? Pois é... Podemos definir que relacionamentos são núcleos de intercessão, não estão contidos um no outro.

Toda mulher, seja qual idade que tenha, busca sua felicidade. A eterna busca que pode estar – ou não – necessariamente em um homem. Ansiedade, estress, depressão, alegria, euforia, foco total, determinação, sonhos... Nossa!!! Quanta coisa a gente tem guardada dentro de cada um de nós. Não importa se temos entre 30 ou 40 anos, se somos mulheres, homens, gays, lésbicas ou simpatizantes.

Somos pessoas.
Pessoas que sempre procuram suprir as lacunas que nunca estão completas.

Vivemos em um mundo que cada vez mais se tem menos. Cada vez menos pessoas são classificadas por raça, sexo, idade ou quantas geladeiras se têm em casa. Cada qual quer ser único e, é óbvio, a tendência é que pessoas com vivências e pensamentos em comum formem um Kibutz.

Para quem não sabe, o Kibutz na comunidade judaica são pessoas reunidas para, entre outras coisas, educar as crianças. Voltamos a isso, aos filhos da sociedade. Afinal criamos os nossos filhos para o mundo.

Contamos com quem podemos, e o que descobrimos recentemente é a cumplicidade daqueles que passam pela mesma situação. A vida não é fácil. Quem mandou nego queimar a porra do sutiã [frase de uma sábia balzaquiana].

Ninguém precisa ser super-mulher ou super-homem, basta pedir socorro na hora certa. Para o que quer que seja não estamos sozinhos. Definitivamente não precisamos estar.

Estamos aqui, cada um ajudando do seu jeito, no que for preciso. Só é preciso lembrar das nossas necessidades, pois como seres humanos, não teremos nunca todas as respostas.

Foi a partir desta necessidade, deste Kibutz, que criamos o Desbancando Balzac. Um espaço para expressar em palavras, vivências comuns entre pessoas.

Sejam elas quem forem.

Como diriam nossos avós: "No fim tudo dá certo. Se não está certo, não chegou ao fim".

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

On line woman



A gente adora comentário! Bem-vinda de volta, Soninha.

"Online, on time, full time, também!rs
Tô totalmente aff!
Não tô nada off... não dá!

Tempo?
Perdi até a noção, só sei de uma coisa, sempre falta tempo pra mim! Para as minhas questões pessoais. Sempre cedo meu tempo, já escasso, em prol de algo ou alguém.
Cuidar de mim?
Não dá. Não tenho tempo!

Difícil administrar tanta coisa, difícil admitir, EU ESTOU SOBRECARREGADA!

Bom é vestir a roupa de Mulher-Maravilha. Dar conta de tudo, inclusive de mim.

Descobri algo muito estranho, mais uma compulsividade. Quando saio do trabalho e entro em casa, minha 3ª ação é ligar o laptop, só perde para acender a luz e trancar a porta. E já estou eu de volta ao mundo digital. Lendo os e-mails que entraram no trajeto trabalho-farmácia-mercado-padaria-casa. E pq não, dando uma olhada em quem está on no msn.Afinal, em casa, é hora de relaxar...relaxar é dar um oi pra amiga que tbm tá linkada no mundo digital...aff...aff!

Quantas vezes me pego, dentro de um apartamento de sla e dois quartos, chamando meus filhos para o jantar, através do msn! Aff...aff...

O chique mesmo é ser off, mas enquanto eu não sou chique, sou mulher, mãe, profissional, dona de casa, administradora, enfermeira, etc, etc...tô aqui, online! Vivendo as delícias do dia-a-dia 30 horas online.

bjs

Soninha!"

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

The penis is on the table


Já tinha gente falando que a gente tá deprê demais, tp... Então pra levantar o astral (ops), vamos falar um pouquinho de amenidades (heim?).

Amigo nosso (gay) causou furor hoje na agência ao mostrar o livro de arte que viu ontem no aeroporto de Congonhas. Sim, de arte. Publicado pela poderosa Taschen, The Book chegou às livrarias em maio deste ano (não é novidade, mas pra gente ainda era inédito), depois do livro que deu origem à série*: The Big Book of Breast.

* Já imaginamos o tema do próximo volume, quem se candidata?

Que tamanho não é documento, a gente sabe e assina em baixo. Mas prova de que um pinto de respeito, 20 centímetros pra cima - e no caso são cerca de 400 fotos dos mais variados calibres -, faz a diferença (ô) é que o livro bateu recorde de pré-venda na história do site.

Taí. Já vai a dica de presente de Natal. Só não vale botar na listinha de amigo oculto da firma : )

The Big Penis Book
Hanson, Dian (ED)
Hardcover 30 x 30 cm, 384 pages
ISBN: 978-3-8365-0213-9
Multilingual Edition: English, French, German

sábado, 1 de novembro de 2008

O insustentável descarte das relações.



Borboletas-monarcas não vivem muito. Semelhante às relações contemporâneas.

Sophia cansou. Cansou de construir castelos de areia, cansou de planejar e tentar não "perder a sua essência" de inevitavelmente acreditar nas relações.

Fechou armários, gavetas e janelas e entrou finalmente em um momento de inclusão pessoal. Qual o problema nisso [vibradores existem e não olham suas celulites... rs]?

Relações são contratos de aluguel, que podem durar eternamente como também podem ser rescindidos de uma hora para outra. Ainda mais se as cláusulas contratuais não forem revistas a cada período.

A vida é movimento. É mudança. E as relações devem acompanhar estas mudanças. O momento da paixão é necessário. É genético. É orgânico. Mas se vivêssemos de paixão eternamente, morreríamos de dor.

Apaixonar dói. Amar renova.

Amor verdadeiro [se é que existe] é renovável. Ecologicamente correto. Reciclável. Você separa as partes que podem ser recicladas e aquelas que demoram mais de 100 anos para se decompor. O universo entende.

As borboletas-monarcas foram meu achado. A migração desta espécie – que ocorre todos os anos - do México para os EUA, é épica. Envolve quatro [amigas, quatro!!!!]gerações de borboletas.

Quando a viagem termina, a última geração recebe um prêmio: vive por mais tempo... 07meses.

Enfim, Sophia saiu da terceira relação não-bem-sucedida. Enverga, mas não quebra.

Em nome das borboletas-monarcas, Sophia também quer receber um prêmio.

Qual? Somente o tempo irá dizer.

N.B: Em instantes a borboleta descola do chão, lançando-se no ar, podendo ser vista no jardim de alguém a beber néctar de uma flor, com o seu probóscide desenrolado, ou voando por cima das nossas cabeças à procura de um companheiro, para recomeçar todo ciclo novamente.

Recomeço. Sempre. Esmorecer? Nunca!

sábado, 18 de outubro de 2008

Felicidade artificial.



E chegou mais uma primavera, 35. E, mesmo comemorando, o meu lado capricórnio estava mais ativo do que nunca.

Lapa. Minha segunda casa. Nossa segunda casa. Palco de várias histórias bacanas e outras nem tanto, mas que deram muito que falar. Praticamente o esperma in vitro que nos ajudou a conceber o Desbancando.

De repente, no meio do samba, da cerveja, do batuque, dos meus amigos queridos – gente distante, gente do dia-a-dia, gente que é gente, olhei em volta e assisti à um filme. Criei personagens, estereótipos, o tempo congelou as imagens.

Me dei conta que 9 em 10 amigas minhas estão no time da TP. A TP é um time fiel que fica potencialmente perturbado quando adicionamos a letra M. O M vem em ciclos normais de 28 dias, mas já dá sinais 10 dias antes de aparecer.

Seja por qual motivo for tudo sempre é motivo. Se você já viveu alguns abaixo, abra os olhos e feche a boca. A TP pode escalar você para entrar em campo, sem direito à substituição. Marque com um X se você se identifica [nota: o nosso lado mulherzinha adora estes testes tipo Revista Cláudia, Capricho, Nova, que atualmente só leio nos 15 minutos reservados à manicure. Por que ela tem que ser rápida, pô!]:

- Você se separou por que quis. Mas encontrou outro pior do que o anterior. Só que você goooooosta e não vive sem um Combo! No momento é inapropriado explicar o que é o Combo, mas contaremos em um próximo post;

- Ele se separou de você depois que perdeu 20 quilos e se descobriu no melhor estilo "garotão-gostosão-pega todas da micareta";

- Seu X-men é um Mala-men. Tem distúrbio bi-polar e você nunca sabe o que está por vir

- Você, que sempre foi super independente, voltou pra casa dos seus pais com dois filhos a tira-colo porque o ex não paga pensão;

- Você não tem mais seus pais;

- Todo dia 30, você faz B-I-N-G-O e escolhe o que vai pagar;


Somado ao estresse diário, quando você entra pro time da TARJA PRETA é porque tudo parece do tamanho do Everest. Você começa a achar que tem que dar conta de tudo ao mesmo tempo agora e, é óbvio, não dá. Administramos as nossas empresas melhores que as nossas vidas, e nesse jogo de muita cobrança pessoal o seu pior inimigo se chama VOCÊ.

Pensar dói. Resolver incomoda. Dormir liberta.

E aí chega aquela caixinha – liberada e autorizada pela ANS – que promete te tirar do limbo, te botar no prumo. O que muita gente prefere não lembrar é que essa caixinha pode te causar dependência, pode fazer você se perder de você mesma. Chega um momento que você não lembra mais como era a sua essência sem esta química, normalmente necessária.

Mas as questões estão lá. Toda semana tem o Fantástico e aquela rebordosa da segunda-feira. A roda continua girando, o ex-marido continua te enchendo o saco, você PRECISA perder uns 4 quilos, as crianças crescem [lindas e com saúde, graças a Deus] e os problemas só mudam de nome. Como diria nosso amigo Cazuza: "O tempo não pára".
Toda mulher é hoje, mais do que nunca, uma estrategista, uma guerreira. Das nossas amigas, 10 entre 10 o são.

O Segredo? Saiba ser carinhosa com você mesma. Se permita – com a maturidade que a experiência já te trouxe – e aceite as suas condições. Faça o melhor que você puder, sem afrouxar ou arrebentar a corda.

Se você entrou pra TP, aceite enquanto é realmente necessário. Mas liberte-se a ponto de ter sabedoria suficiente para olhar pra ela e dizer: Eu não preciso mais de você.

E poder voltar a controlar, sozinha, o resultado final deste jogo. VIVER.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

180. Um dia você pode precisar


Pesadinho o assunto, mas um dia você pode precisar acionar uma Central de Atendimento à Mulher.

Nem que seja pra orientar aquela amiga recém-separada, que te liga no meio da noite dizendo que levou um tapa no rosto do ex, seguido de um empurrão - na frente dos filhos. Sem marcas (no corpo), ela segue pra delegacia mais próxima. Um lugar cheio de homens que escutam a narração de mais uma briga, dessa vez bem mais séria, com o homem com quem ela dividiu a cama, a sala, o banheiro... por 12 anos.

Por sorte ele não faz parte das estatísticas de homens extremamente violentos, que fazem, dentro das suas próprias casas, vítimas das mais variadas agressões*.

Vai ver ele só se descontrolou um pouco. Vai ver o ciúme falou mais alto ou quem sabe o álcool alterou seu estado de espírito.

Vai ver ele agora levou um susto. E viu que ela não tá tão desamparada assim.

A violência contra a mulher

Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é ‘qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada’.

Delegacias especializadas de atendimento à mulher do Estado do Rio de Janeiro:


DEAM Legal-Rio
Centro - Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3399-3379, 3399-3377 e 3399-3373

DEAM-Caxias
Centro - Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3399-3710, 3399-3711 e 2671-7757

DEAM-Nova Iguaçu
Nova Iguaçu/RJ
Tel.: (21) 3399-3720, 3399-3721 e 2667-4121

DEAM Legal-Oeste
Campo Grande – Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3399-5711, 3399-5713, 3399-5714 e 3399-5715

DEAM-Niterói
Niterói/RJ
Tel.: (21) 3399-3700, 3399-3703 e 3399-3698

DEAM-São Gonçalo
São Gonçalo/RJ
Tel.: (21) 3399-3730, 3399-3733 e 3399-3731

DEAM Legal-Belford Roxo
Belford Roxo/RJ
Tel.: (21) 3399-3980, 3399-3982

DEAM Legal-Jacarepaguá
Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3399-7580 e 3392-1102

DEAM-Volta Redonda
Volta Redonda/RJ
Tel.: (21) 3399-9140, (24) 3347-0105


As delegacias em defesa da mulher também atuam em casos de separação de casais, pensão alimentícia, partilha de bens e busca de filhos.

Os principais casos atendidos na Delegacia de Defesa da Mulher:


Lesão Corporal: casos de espancamento, socos, bofetões, pontapés, e uso de objetos contundentes (facas, tesouras etc).

Estupro: relação sexual forçada por meio de violência ou ameaça (relações sexuais forçadas entre: marido e mulher; com deficiente mental; menores de 14 anos também são consideradas estupro).

Atentado violento ao pudor: contato íntimo forçado, sem relação sexual.

Rapto: condução a força ou sobre ameaça para algum local com a intenção de ter contato íntimo, sem completar uma relação sexual.

Ameaça: intimidação, através de palavras ou gestos, indicando a intenção de fazer algum mal.

Calúnia: falsa acusação

Difamação: ofensa contra a honra, na presença de outras pessoas.

Injúria: ofensa, sem a presença de testemunhas.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Aff line



Ainda não deu tempo de ler tudo. Mas o tal do tempo é o sonho de consumo da hora proclamado no último caderno Ela ou na Cláudia de outubro. Ah, a gente também lê Piauí : P, mas atire a primeira pedra quem nunca, nunquinha, se deliciou com os prazeres de todos os tipos prometidos na Nova; com as fofocas, roupas e cabelos da Caras... nem que seja só ali no salão enquanto faz a unha.

O problema é quando nem tempo pra isso você tem. Pra ir num salão (ah, se você tiver uma reunião com um cliente, você TEM que arranjar um tempo. Mas aí você vai folhear a tal da Caras de olho no relógio ou no celular que pode tocar a qualquer minuto. E se você ainda tem que dar uma lidinha nos e-mails...

Seria o mal do século? Emailtose crônica? Emailite aguda? Emaildade mórbida? Disse um tal lá no Ela que chique é ser offline. Sabe lá onde isso vai parar? Bem, pra adolescentada que daqui a pouco taí votando pra presidente e entrando no mercado de trabalho, email não é nada – eles se comunicam mesmo é por scraps e sms. Mas quem não nasceu nesse tal desse tempo digital – a não ser que seja chiquerésimo mesmo e trabalhe completamente off – deve estar totalmente aff, isso sim, com tanta informação.

Quem lê tanta notícia? Quem participa de todas as redes sociais em que um dia se cadastrou? Quem lê todos os posts? Freqüenta todas as comunidades? Lembra de todas as suas senhas?

Adoramos tecnologia. Viva o digital. Mas talvez o Google tenha que inventar um novo reloginho, em que a gente tenha um pouquinho mais de tempo... E não é que não deu tempo de fechar aquele parênteses lá de cima? :) Ainda tinha a reunião do colégio das crianças, a consulta no oftalmo delas, no alergista delas, o presente do dia delas, as meias novas, os tênis, as mochilas que não vão chegar até o fim do ano... E, nem pense agora na ginástica, no cinema, na terapia, no seu tratamento dentário, no fisioterapeuta... o tempo tá passando...

Em tempo: As blogueiras estão reconfigurando o sistema. Deu pau. Dano por sorte recuperável. Com o tempo, a gente vai acertando os ponteiros e voltando com mais freqüência...

Mas como a gente também não perde tempo, arrume o seu para ouvir com calma (e ouvir, e ouvir, e ouvir) o novo cd do Lenine, Labiata.

Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa

...

O salto do desejo, o agora e o infinito, só o que me interessa

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

domingo, 21 de setembro de 2008

Separação.

Um dia você o conhece. Curte. Conhece melhor, começa a gostar. Devagarinho ele vai entrando na sua vida e, quando você vê, ele já tá lá. Sempre presente, companheiro das melhores e das piores horas. Junto com seus amigos, nos momentos de solidão. Na alegria ou na tristeza.

Até que um dia a relação não é mais a mesma. Você já não quer a companhia dele apenas pelo prazer. Tem vez até que nem prazer ele dá. Mas alguma coisa te prende. Ao seu lado você é mais tranqüila, se sente segura. É difícil simplesmente largar.

E é só quando percebe o quanto ele te domina, te sufoca, te faz mal, que você decide que não dá mais pra viver assim.

Na saúde? Ou na doença?

Você precisa ser livre, recuperar o controle da sua vida. Precisa viver. Respirar.


...


Que eu me separei não é a menor novidade pra quem já acompanha a gente há algum tempo ou pra quem chegou agora. Tá logo ali, no ‘quem somos’.

Acabei de me separar do cigarro. Há 20 dias. 480 horas. 28.800 minutos. 1.728.000 segundos. 345.600 respirações.

E essa abstinência uma hora vai passar.

Bia.

sábado, 20 de setembro de 2008

Tudo novo de verdade. Ou quase tudo.

É. Quase 9 meses se passaram desde aquele ‘Tudo novo de novo’. Gestação necessária pra que muitas daquelas resoluções – não todas ainda – se transformassem de verdade em ações.

Tá certo que muitas delas tiveram que ser tomadas na marra. A gente resolve, diz que vai mudar, que vai fazer, acontecer. E fica no diz que. No quero, mas não consigo. Quero, mas não dá agora. Quero, mas... Mas um dia cai a ficha.

Caiu.

Não, a gente não entrou pra igreja evangélica [aguardem, assunto pra breve], nem tampouco encaretou ou resolveu fazer do nosso ex-pretinho básico uma mureta* de lamentações.

Vai ver foi só o tempo que passou e trouxe com ele novos personagens. Vai ver a gente cresceu mais um pouquinho – e envelheceu, ganhou novos cabelos brancos, algumas ruguinhas. Vai ver a gente tá conseguindo – ou tendo que – equilibrar a tal tríade mulher-mãe-profissional. Vai ver a gente só quer mais saúde.

E olha que tem hora que parece que o teto vai desabar sobre a cabeça da gente. Soninha que o diga. É ex-marido que não dá as caras – ou quando aparece é uma conta cara demais. É a coluna que reclama, a tireóide que fica preguiçosa (segunda idade, né Claudinha?), as varizes que se rebelam. Aff. E os filhos.
Ah, os filhos. E é melhor nem falar agora em trabalho.

Melhor escrever. Vai ver é o melhor que a gente tem a fazer.



* N.B.: Mureta bacaninha e da hora – desde que o penúltimo Rio Show bagunçou o coreto do singular bairro das Laranjeiras – fica na Praça São Salvador. Democraticamente abriga bolsas e as bundas retardatárias que não encontraram cadeiras junto às mesas de bar, agora suas vizinhas, e são testemunhas de bons papos, papos bestas, risadas à toa ou beijos que prometem que a noite vai ser longa.

Cerveja de garrafa da Adega da Praça, com nosso inigualável garçom Antônio [sim, nós somos fiéis e guardamos os nomes dos nossos preferidos], pastel da Casa Brasil [recém-comprada pelo Belmonte], churrasquinho ali da esquina mesmo, na praça que é do povo que tem samba no sábado, chorinho no domingo, apresentação do grupo É do Pandeiro vira e mexe, e um carnaval inocente e despretensioso, onde as crianças correm soltas entre a mureta e o simpático parquinho, que fica logo após o chafariz.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Voltando, com um papo de bar

Depois de um tempo distante, afinal estamos na muda, aproveito o nosso Desbancando Balzac para divulgar as iniciativas de jovens escritores, ainda desconhecidos.

Nós eternas - mas nem tanto - freqüentadoras de bares, descobrimos neste livro um verdadeiro papo de bar, regado a muitas cervejas, amigos e histórias. Se você está acostumado com um conteúdo ácido, criativo, achou o que buscava.

Vale à pena conferir:Livro Papo de Bar, de Daniel Barcelos

Gostou?
Aproveita e dá uma passadinha no Blog do nosso amigo talentoso, porém ainda desconhecido.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

1. Tudo Novo de Novo - Paulinho Moska -

Tudo novo de novo

Nem adianta justificar a ausência. Não deu. Ponto.

Fim de ano. Todo aquele espírito comercial natalino que insiste em aflorar mal acaba o Dia das Crianças. Recuperação de filho, repetência, pagamento de mensalidade atrasada, renovação de matrícula, campanhas e mais campanhas de fim de ano, peru de natal, lombo de Réveillon, monta árvore, desmonta árvore... ufa. Nesse meio tempo, um novo ano começou.

2008. Um ano que explodiu em meio a tiros de fuzis – aqui do lado, Copacabana, onde a gente jogou nossas flores pra Iemanjá e pediu a bênção de todos os orixás.

Ano novo, resoluções novas [Tá, tá, muitas delas até são as mesmas: parar de fumar, voltar a malhar, economizar uma grana...]. Mas eis que dez dias do ano já se passaram. 2,4% de 365 dias – ah, não, 366, ano bissexto, ano de Olimpíadas [xi, na China; mais uma rodada de madrugadas em claro]. E o que a gente resolveu até agora?

Bem, Sophia tá namorando. Depois de um tempo sozinha [definitivamente foi difícil achar alguém que valesse à pena], sim, ela voltou a acreditar. A diferença? Sua natureza é assim, ela simplesmente se entrega – mas agora a maturidade a surpreende não permitindo cometer os mesmos erros. De vez em quando até comete. Afinal, ninguém muda de todo nessa vida, mas é bom aprender a perceber os sinais. E, depois de ter emagrecido e voltado ao peso e à medida de adolescente – a custas de um bocado de sofrimento, é verdade – ela se permitiu descuidar um pouquinho... até perceber o que toda balzaca deve perceber mais dia menos dia: depois dos 30 tudo, definitivamente tudo que você come duplica de tamanho. Mas não é que o ano começou – o dia 2, obviamente – com uma dieta radical? Sopa, pão integral... pelo menos até a próxima cerveja, que sempre acompanha o bom papo, o samba, o boteco. E embora algumas coisas continuem as mesmas – trabalho pra cacete e ex marido insano, por exemplo –, Sophia vem bravamente tentando se concentrar e promete que vai malhar e não assumir dívidas.

Bia..., bom, Bia tá prestes a entrar de férias – e portanto para essa o ano ainda não começou. Cá pra nós? Algum sentido em voltar a malhar uma semana antes das férias? Melhor pedalar até o Leblon, caminhar no calçadão, correr na areia (ai tá, menos! não é em 15 dias que você vai recuperar o tempo perdido e todas as muitas calorias de um ano inteirinho regado a chopp, cerveja, pizza, pastel... ih, chega que já ta dando fome). Mas, praia sem cerveja? Não rola. Fora que o carnaval taí. Cerveja pede cigarro... Ano novo, definitivamente, só depois do Carnaval! Mas sabe que a Bia já não é mais a mesma? Pelo menos, é o que ela vem jurando até hoje, desde (e olha que foi outro dia mesmo) que decidiu dar uma basta naquela história cíclica de um passado recente e abrir espaço para o novo. Tudo novo de novo? Bem, já é uma grande coisa pra quem não quer mais repetir tudo de novo.

Soninha... Lembram da Soninha? Virou a melhor amiga de Bia e de Sophia... Não lembramos se já falamos disso, mas Soninha se separou. Faz uns 5 meses que ela tá descobrindo uma vida completamente nova. Se bem que ela é quem deve completar isso aqui. [Soninha, manifeste-se!]

Mas e você? Já resolveu alguma das suas resoluções de ano novo?

Antes tarde do que nunca, feliz 2008 pra você.