domingo, 26 de abril de 2009

Reflexão

Nosso costume é diversificar os assuntos das postagens, mas ainda tenho tantas palavras dentro de mim sobre o Recaída que resumir a um comentário, seria no mínimo banal.

O post não trata de uma recaída em específico, mas das nossas recaídas internas, que não se restringem somente aos assuntos do coração. Elas podem representar a reflexão sobre a recorrência e sobre a forma que pilotamos nossos processos, o limite dos outros e até onde podemos ir.

A arrumação de todas as gavetas do armário que compõe a vida. A sua vida.

Admito. É impossível ser lua cheia o tempo todo. Estou na minguante. Acordei assim.

Quero liberdade para me permitir.
Quero o hábito da felicidade pela simplicidade.
Quero ser uma pessoa cada vez melhor. Não para alguém, sobretudo para mim.




N.B.: Há quem ame e odeie. Sem extremos,limito a dizer que Sophia curte Fernanda Young. Na nossa leitura dominical, sim no momento em que escrevo este post, recebi uma ligação da Bia [que fique claro, não são acontecimentos combinados, mas um dia ainda terei a resposta que justifique a tamanha sincronicidade entre eu – Sophia – e minha amiga, Bia ] e me limito a transcrever parte da coluna de Fernanda Young, na Revista O Globo de hoje....

“Será que, para escapar da dor, devo logo abraçar a euforia da simples alegria de viver, e sair cantando refrões tolos pela própria felicidade da tolice?
Não, obrigada. Prefiro o tédio total ao conformismo preguiçoso da solução pelo coletivo. Prefiro nunca mais ir a festas do que me embriagar da burrice que alivia. Mil vezes carregar na alma esse vazio, do que tentar moldar situações e pessoas, idiotas, que caibam por tempo limitado, nesse espaço vago. Que todos têm de nascença, ninguém escapa, pois, ora bolas, o que dói mesmo é ser sozinho no mundo, e isso é o que todos somos.(...)

(...)Enfim, e se me fosse ofertada a chance de não sofrer qualquer dor, aliviando os conflitos que a vida me trouxe, os amores que me largaram e deixaram mágoas tatuadas n’alma, e conseqüente solução para o tal buraco que n’alma é feito? Antes de aceitar, hesitaria, como um Hamlet desajeitado: caso seja através da lâmina fria de um punhal, o.k., mas se for para ficar anestesiada em meio ao coro dos contentes histéricos, jamais.
É preciso ter dor para ser feliz sem ser idiota”