sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Resposta



O ano começou.

Nada mais, nada menos, que um dia após o outro com uma Lua no meio. Racional, né? Que nada. A gente fica envolvida no astral universal e, nessa época analisa [ou se permite, pelo menos]nossa vida, nossos planos, sonhos, mágoas.

E como bem disse minha inseparável amiga Bia estamos na toca. Sim, não por muito tempo, mas o quanto for necessário. E por isso que nos rendemos à teledramaturgia.

"Eu só digo o que penso, só faço o que gosto e aquilo que creio. E se alguém não quiser entender e falar, pois que fale", avisava Maysa, na letra da canção Resposta.

Ela foi pioneira, sim. Teve coragem, concordo. Um pouco descontrolada e mimada.
Quem não tem telhado de vidro, atire a primeira pedra.

Em 2009, nessa vida agitada, existem muitas Maysas por aí que falam o que pensam, que estão de bar em bar, que bebem demais, que fumam demais...

A diferença é que hoje a gente não precisa ser uma só. Nós somos dez, vinte, cem mulheres com suas diferentes facetas e que trocam de figurino dependendo da ocasião.

Imagino como esta Maysa, agora descoberta em sua essência no diário que deu origem à série, deva ter sofrido numa época que prazer, dever e realização não podiam caminhar juntos.

Daí a revolta, daí a inevitável escolha. Encarada com um misto de culpa, egoísmo, rejeição, rebeldia. E uma pitadinha de auto-afirmação quando, por vezes, ela insite em gritar para si mesma que é uma boa mãe.

“Há gritos incríveis dentro de mim, que me povoam da mais imensa solidão.”

Pra vocês, um 2009 de multi-facetas, multi-tarefas, multi-desejos...sem culpa e com a certeza que podemos ter realizações completas.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ouça



‘Um vendedor ambulante, o camelô Vicente, após confusão nos bastidores de uma boate, troca sua mala de muamba por uma outra contendo dinheiro falso. Ignorando o fato, não aproveita a "erva" que é descoberta pela dona da pensão onde mora e acaba utilizando dos mais aéticos expedientes para vender sua mercadoria. Mas, assim mesmo encontra dificuldade para pagar os aluguéis atrasados.’

Essa é a resenha de ‘O camelô da rua larga’, filme em que Maysa canta ‘Ouça’ – a música em que na minissérie ela anuncia sua decisão de separar-se de André Matarazzo.
Não vimos o filme, mas estamos acompanhando (embora não tenhamos visto – ainda – o 3º capítulo* – breve no Youtube) a minissérie dirigida pelo filho da rainha da fossa. Maysa foi a fossa em pessoa. Bêbada, sofrida, muito bem e tantas vezes mal amada, péssima mãe, duvidosa filha, intensa, impulsiva, inconstante, fugaz...

Maysa, hoje na TV, pode faltar um pouco, pode equilibrar por demais técnica e emoção, pode... dane-se o que estão dizendo as críticas... mas tem os diálogos do Manoel Carlos, uma puta fotografia, a trilha da rainha da fossa, e a direção do filho que ela não 'pôde' cuidar.

* Correndo o total risco de parecer repetitivas, Bia e Sophia falam de mais uma minissérie da Globo. Mais uma prova de estarem em casa, entocadas, vendo TV, desde Capitu? E daí? De vez em quando é bom. Toca, colo de filho... também amamos muito tudo isso.