sábado, 7 de abril de 2007

Joga Pedra na Gabi

- Você é bi?
- Gabi, eu? Não, meu nome não é Gabi!
- Queridaaaa!?! Eu posso até trocar de sexo, mas eu não troco de nome...

Assim se confirmou a idéia de um blog onde a gente pudesse contar histórias que merecem ser contadas – bem, pelo menos a gente tem que botar pra fora de algum jeito.

Desventuras de duas mães, publicitárias e separadas. Não exatamente nessa ordem. Duas mulheres do alto de seus trinta e poucos anos (Balzac precisava viver mais uns 150 anos pra escrever sobre a atual “mulher de 30”) que começam a viver experiências no mínimo curiosas. Pelo menos para quem ficou por muito tempo “hibernando”...

[É, hibernando é a melhor definição para o estado em que a gente se encontra paralisada ao lado de... bem, é melhor deixar as apresentações dos falecidos pra depois.]

Bia tem 36 anos. Separada há 1, viveu durante 14 anos com um ex- jornalista, ex-produtor cultural e futuro cineasta. No último ano de recém-descasada só se meteu em furada. E acredita seriamente que ainda não se livrou dessa conjunção astral. Pelo menos a julgar pelo último final de semana.

Sophia, 34, está separada há mais tempo – dois anos. Mas nesse meio tempo viveu um quase-rolo de quase um ano com um menino (é... o melhor a fazer agora é chamar o rapaz de menino), a quem seus meninos já quase chamavam de pai. Esse, o pai de verdade, tem a informática como formação e a música como “vocação”.

Artistas incompreendidos (qualquer outra definição agora soaria no mínimo suspeita) , ambos juram que estão correndo atrás dos seus sonhos. E nós, incompreensíveis ex-mulheres, que não ficaram ao lado dos seus homens no momento em que eles mais precisavam, estamos por aí, “largando” nossos filhos com nossas fiéis escudeiras (não, não só as nossas mães, mas principalmente nossas empregadas) pra curtir um pouco a vida.

E a vida sexta-feira acontecia no Cabaret Kalesa (pelo menos era o que prometia o convite de aniversário de uma amiga de mestrado do amigo da Bia). Sophia aceitou o convite de Bia e lá foram as duas dançar, beber e “caçar homens”. Não necessariamente nessa ordem.

Continua

Ir pra pista era a melhor escolha a fazer numa noite sem muitas escolhas (digamos que o target era alguns anos mais baixo). Mal chegamos e os seguranças começam a afastar o público –formado por pessoas bem mais novas, sim, mas até então com caras de bons amigos. O palco, montado bem diante de nós, rapidamente se transforma em cenário de um strip de verdade, de um negão bem dotado (e a gente que achou que era prótese!) e uma mulher a quem nenhuma das duas prestou muita atenção, mas que tinha um corpão, segundo o amigo gay da Bia.

E devia ter mesmo. Pelo menos pra incitar a autora do diálogo lá de cima com aquela que não é a Gabi, mas a Sophia, que não entendeu o que ela (uma mulher bonita à beça... mas, não, a gente gosta é de homem!) perguntou imediatamente a seguir pra Bia:

- Você é bi?
- Não, eu não sou bi!

As duas saíram pro bar (se desse pra sair correndo, a gente saia) com o dedo na goela.

- Argh! Fomos azaradas pela mesma mulher!!!

Ainda bem que um menino de 20 e poucos anos perguntou pra Sophia se ela podia arrumar um cigarro. Por muito pouco a Bia não perguntou:

- Quer dois?


N.B. (nota das blogueiras): O Cabaret Kalesa fica na Praça Mauá, Rua Sacadura Cabral, 61. Sábado quem comanda o som o é o DJ Janot, residente da festa Brazooka, da Casa da Matriz – e dizem que sábado é beeeeem melhor que sexta. Mas, enfim. Até à meia-noite mulheres pagam R$ 10,00. Depois, é R$ 15,00 pra mulheres ou Gabis. E R$ 20,00 pra homens (de verdade ou não).

3 comentários:

  1. Oi Bia, Oi Sophia
    Prazer em conhecê-las...adorei o blog, vocês estão de parabéns.

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  2. Oi Meninas!

    Estou por aqui! Vou estar sempre acompanhando as aventuras ou desventuras da dupla! Bjosss

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  3. Olá meninas!!!
    Simplesmente demais as aventuras de vcs!!!
    Ganhei à noite...já ri demais.

    Bjos

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