segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Todo mundo acha Q tem um Q de FDP



Sophia tinha uma máxima [as máximas desaparecem com o passar dos anos] que decisões deveriam ser tomadas de forma prática. A dor teria que vir como uma facada, implacável, de uma única vez.

Nada de homeopatia. Desce pela goela um bom antibiótico.

“Se você subiu 30 andares para se jogar de um prédio, se mata logo. Ou vai mudar de idéia e descer tudo de novo?” Teoria babaca. Mais uma pro caderninho. Vivendo e aprendendo.

"A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração..."


A dor é inevitável. Mas você decide entre cultivá-la ou aceitá-la. O passado, passou. O que importa agora é o que fazer com o que se aprendeu.

Com a idade vem a simplicidade.

Sophia se orgulha de poder se permitir. Se errou, pelo menos tentou. Se acertou, aproveitou. E assim gira a roda da vida, o medo sempre vai existir, mas conviver com a frustação de não ter tentado...impossível.

Hoje ela sabe que qualquer que seja a decisão, sempre alguém sairá magoado. E isso não faz de ninguém um FDP na sua plenitude. Ô consciência: me deixa errar, acertar, voltar atrás. Mas me dê um freio e sabedoria para, na medida do possível, decidir.

Isso é ser livre. Isso é ser dona do seu destino, responsável por suas escolhas.

Sophia hoje está plena.

10 comentários:

  1. pense nisso:
    se todos temos um q de FDP, pq não sermos o nosso q tb?

    mas só as vezes tá!
    hehe
    @tiagomx

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  2. Meninas,

    Gostei do texto, muito bom.

    Adoro saber que tive coragem de tentar. Isso porque sei também que errar é uma possiblidade sempre presente.

    Aliás, acho que todos deveríamos saber que toda escolha impõe uma renúncia. Não existe escolha em que se leve tudo, sempre ficará algo fora.

    Se a gente entendesse isso, seria muito mais fácil fazer escolhas. ;-)

    Beijos,

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  3. Que maravilha ler isso! lindo, lindo!

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  4. É, amiga, Sophia... E pensar que eu mesma ouvi de você essa frase há pouco mais de 3 anos, quando estava me separando - "subiu até aqui, se joga!".

    Naquele caso, naquela época, eu já tinha tentado outras várias vias, e me jogar era a única alternativa viável depois de outros tantos anos de homeopatia. Joguei-me e, sim, até hoje sou vista como fdp por alguém que se magooou com a minha decisão.

    Faz pouco tempo, outro caso, outra época, a magoada fui eu - "vítima de um fdp?" Não sei. Ele também era livre para tentar, não era?

    Pois há que se tentar, sim, desde que se mantenha o respeito. Porque se temos o livre-arbítrio, também somos "eternamente responsáveis por aqueles que cativamos", como dizia o livro das misses e das adolescentes que fomos um dia.

    No mais, vamos nos permitir e viver a plenitude, fruto das escolhas que fazemos o tempo todo.

    Minha filha usa como nick uma frase de uma bandinha emo, que, se a gente desconsiderar a origem, tem tudo a ver com isso tudo: "o mundo gira e bota sempre tudo no lugar".

    E vamo que vamo. Beijo.

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  5. Até meus mafungos aplaudiram.
    E pensar que em outra época, o dia de hoje não seria assim, digamos, tão em paz...

    Parabéns.
    De novo.

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  6. Obrigada Dani! Aprendemos muito juntos e graças a Deus estamos em paz.
    beijos!

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  7. É Tiago não havia pensado por este ângulo...mas só de vez em quando, tá? Se permita!!!! ;-)

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  8. Oi Nelson!!! Saudades das suas visitas por aqui!!!!
    Vivendo e aprendendo. Demorei 3.5 para entender que a vida é bem mais fácil!!!
    bjs

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  9. Oi Carol!
    Nova visitante! E comentando, que bom!! Vamos trocar figurinhas, gostamos do seu blog!
    bjs

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  10. Oi meninas...
    amei o texto!
    visitarei sempre...

    e, afinal, estar plena não é nos permitir ser um pouco balzaquiana?
    acho que a maturidade realmente vem com o tempo, assim como algumas máximas devem ser desbancadas também com o nosso tempo.

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