segunda-feira, 19 de abril de 2010

Inacabada


Ela não quer namorar. Ela quer ter tempo para se reorganizar.

Ela quer.

Ela ainda não quer se apaixonar. Ela quer se divertir e viver o “só por hoje”. Melhor ainda, ser plena. Na plenitude do seu quarto, dos seus livros, da profusão de ideias e sentimentos que explodem da sua cabeça. Solitude ao invés de solidão.

Ela quer.

Ela não quer esse ou aquele. Ela quer o desafio conhecido. Terreno seguro. Estória recontada.Mulher caçadora.

Ela quer.

Para o desconhecido... Areia movediça. Beijos recebidos, corpos que se encontram somente por instantes. Encontros marcados, flores e diversão. Torpedos impertinentes, pertinentes, pontuais. Convites, diversidades e medo de conhecer mais gente, de ouvir mais gente, de dar oportunidade ao novo.

Ela deseja.

Mas ainda não quer abrir essas janelas.

Somos confusas, eu sei.

“Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.” Caio Fernando Abreu.

5 comentários:

  1. Hey, ain't it good to know that you've got a friend?
    When people can be so cold
    They'll hurt you and desert you.
    They'll take your soul if you let them.
    Oh yeah, but don't you let them.

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  2. Certamente minha amiga.
    Os amigos são eternos. Lembra sobre o que conversamos?
    Bjs

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  3. Quem não quer um torpedo pra chamar de seu?

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  4. Um torpedo para chamar de seu é extremamente necessário. Seja como ele esteja categorizado como "seu".

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  5. Bom, pelo menos sabemos o que não queremos!

    Já é um bom começo. Bjs.

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