sexta-feira, 17 de outubro de 2008

180. Um dia você pode precisar


Pesadinho o assunto, mas um dia você pode precisar acionar uma Central de Atendimento à Mulher.

Nem que seja pra orientar aquela amiga recém-separada, que te liga no meio da noite dizendo que levou um tapa no rosto do ex, seguido de um empurrão - na frente dos filhos. Sem marcas (no corpo), ela segue pra delegacia mais próxima. Um lugar cheio de homens que escutam a narração de mais uma briga, dessa vez bem mais séria, com o homem com quem ela dividiu a cama, a sala, o banheiro... por 12 anos.

Por sorte ele não faz parte das estatísticas de homens extremamente violentos, que fazem, dentro das suas próprias casas, vítimas das mais variadas agressões*.

Vai ver ele só se descontrolou um pouco. Vai ver o ciúme falou mais alto ou quem sabe o álcool alterou seu estado de espírito.

Vai ver ele agora levou um susto. E viu que ela não tá tão desamparada assim.

A violência contra a mulher

Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é ‘qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada’.

Delegacias especializadas de atendimento à mulher do Estado do Rio de Janeiro:


DEAM Legal-Rio
Centro - Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3399-3379, 3399-3377 e 3399-3373

DEAM-Caxias
Centro - Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3399-3710, 3399-3711 e 2671-7757

DEAM-Nova Iguaçu
Nova Iguaçu/RJ
Tel.: (21) 3399-3720, 3399-3721 e 2667-4121

DEAM Legal-Oeste
Campo Grande – Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3399-5711, 3399-5713, 3399-5714 e 3399-5715

DEAM-Niterói
Niterói/RJ
Tel.: (21) 3399-3700, 3399-3703 e 3399-3698

DEAM-São Gonçalo
São Gonçalo/RJ
Tel.: (21) 3399-3730, 3399-3733 e 3399-3731

DEAM Legal-Belford Roxo
Belford Roxo/RJ
Tel.: (21) 3399-3980, 3399-3982

DEAM Legal-Jacarepaguá
Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3399-7580 e 3392-1102

DEAM-Volta Redonda
Volta Redonda/RJ
Tel.: (21) 3399-9140, (24) 3347-0105


As delegacias em defesa da mulher também atuam em casos de separação de casais, pensão alimentícia, partilha de bens e busca de filhos.

Os principais casos atendidos na Delegacia de Defesa da Mulher:


Lesão Corporal: casos de espancamento, socos, bofetões, pontapés, e uso de objetos contundentes (facas, tesouras etc).

Estupro: relação sexual forçada por meio de violência ou ameaça (relações sexuais forçadas entre: marido e mulher; com deficiente mental; menores de 14 anos também são consideradas estupro).

Atentado violento ao pudor: contato íntimo forçado, sem relação sexual.

Rapto: condução a força ou sobre ameaça para algum local com a intenção de ter contato íntimo, sem completar uma relação sexual.

Ameaça: intimidação, através de palavras ou gestos, indicando a intenção de fazer algum mal.

Calúnia: falsa acusação

Difamação: ofensa contra a honra, na presença de outras pessoas.

Injúria: ofensa, sem a presença de testemunhas.

2 comentários:

  1. É Lamentável, mas essas coisas acontecem todos os dias, no silêncio insuportável do casal e são poucas as mulheres que têm coragem o suficiente de expor suas crises conjugais e de dizer " Olha, eu sofri uma agrssão corporal".
    Não esquecendo das verbais, que podem acompanhar o casamento por muitos e muitos anos.

    Já anotei o número e o endereço n minha agenda.
    VAleu meninas.

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  2. Assunto pesado, mas necessário de ser exposto, comentado!

    Violência contra mulher!
    É triste, é dramática, principalmente quando acontece dentro de casa, ou quando o agressor foi seu amor, seu companheiro...agrava-se ainda mais, quando totalmente desorientado, desnorteado, seu ex amor, seu ex marido te agride diante dos seus filhos.

    É trauma na certa.
    A dor é indescritível, quando vc percebe o desespero das suas duas crianças, a decepçaõ nos olhos dos seus filhos, o medo de ver o descontrole. Dói mais ver seus filhos sofrendo, do que sentir um tapa, um empurrão.

    Descontrole?
    Pode ser!

    Mas nada que justifique alguém se sentir no direito de nos agredir fisicamente.

    É muito triste e após uma situação como esta, não há muito o que fazer, é preciso agir, pra não virar rotina.

    É outra agressão! Você ter que se expor numa delegacia, estar diante de investigadores, chorar diante de pessoas que não te conhecem, relatar que vc foi agredida por quem vc já amou tanto e que te amou também.

    E vem o conflito! Dar a queixa da agressão e deixar que seu ex marido "pague" pelo que fez? perdoar e não dar a queixa? dar queixa e depois não prosseguir com o processo?

    Começa o 2º capítulo dessa longa e desgastante história. E você ainda é julgada, seja qual for a sua decisão.

    Eu sofri a agressão descrita acima.
    Dei queixa!
    Retirei a queixa!
    Fui julgada. Alguns acharam minha atitude certa, outros, errada.

    Não importa. Agi com a razão, ao ver o medo dos meus filhos, de que o pai, o pai que eles amam e admiram, sofresse alguma punição na DP.

    Certa ou errada?
    Não sei a resposta!
    Tô traquila com a minha consciência!

    Um alerta! A Lei Maria da Penha, é seríssima. Mesmo eu tendo retirado a queixa, houve o entendimento por parte do delegado, de que a agressão que sofri, configura Injúria Real por ato aviltante, traduzindo: o tapa no rosto é mais agressivo do que um soco, pq um soco machuca fisicamente, um tapa, pode até não doer, não deixar marcas físicas, mas humilha, traumatiza e provoca uma dor interior que não se cura com nenhum remédio, só o tempo pode aliviar.

    Então, aos homens um conselho! Contenham-se!
    E às mulheres, um outro, não aceitem. Tomem alguma atitude.

    beijos
    e que os próximos assuntos deste blog, possam ser menos punk!

    Parabéns meninas!

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