terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Relações 2.0. As divergências humanas na era da convergência

D.R. por e-mail, bate-boca por msn, ponto final via sms. Sinal (ocupado) dos tempos?

Tá tudo muito bem, delicious, cada um no seu myspace com algumas hashtags em comum. Até a hora em que a conexão cai.

Enquanto você tá on, ele reconecta e até pensa em fazer um download.

Dois anexos? Pesado demais. Hora de sign out.

Compreensível, seu desktop não combina muito com o dele. Suas comunidades não são as mesmas. É mais hardware do que o HD dele pode rodar.

E como roda o mundo, e o mundo é um grande orkut ou rede social do gênero, alguém entre os seus seis graus de relacionamento um dia reconhece aquele profile em outra url.

Natural que o sistema trave. A vontade é de mandar a figura praquelelugar.com.br (url não encontrada. vamos registrar o domínio!). Ou então você vai dar pau.

E dá – até porque a única coisa que você tem certeza é de não foi nem é um fake de si mesmo. Que você desbloqueou seu firewall e desabilitou todos os seus followers. E olha que nem o antivírus você rodou (!irresponsável!).

Mas passou. Foi um e-mail que passou em sua vida.

Dá um boot, aproveita pra fazer um defrag e reinicia. Faz um upload e atualiza que seu HD agüenta. Ah, guenta!


#prontofalei. E apesar de estarmos amargas que nem jiló, não, nós não perdemos a fé nas relações humanas, ou entre os bichos-gente. Acreditamos na comunicação face a face e, comunicólogas digitais que somos, temos convicção de que nada, nadinha substitui o diálogo.

N.B. Para continuar a reflexão sobre o assunto, vale a leitura. 'O calor de um processador com o cooler quebrado não substitui o calor humano.'

16 comentários:

  1. Exatamente Bia! A gente não perde a fé. Não neles, mas na gente.

    Só fico pensando se daqui pra frente os divórcios serão online, se alguém acorda um dia e tem aquela idéia bizarra de lançar um ".com.br" qualquer que substitua o olho no olho, a conversa, a famosa e chata DR que eles detestam, mas que por vezes é necessária.

    E como na Web2.0 tudo se transforma a qualquer fração de segundo, as relações e os meios também hão de se transformar.

    Que tal voltarmos ao tempo das flores, da conquista, do cavalheirismo, do saber o que realmente se quer.

    Hoje tudo está tão descartável que em questões de "replay" , vai tudo para a lixeira.

    Blergh!

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  2. Sensacional Post Bia!! Nada mais a acrescentar. Apenas alguns mafungos:

    1) Não Sophia, embora reconheça que ser ia muito mais agradável, humano e menos corporativo, os tempos das flores não voltam mais, a não ser que seja o www.floresonline.com.br. Fora isso, pode esquecer.

    2) Realmente, os replays nas TV´s já bastam hoje em dia. A não ser que seja um replay que muitíssimo valha a pena, o que confesso, anda difícil hoje em dia.

    3) Santa contradição!!! Lutaram tanto para conquistar o espaço de vocês, se orgulharam disso, engoliram uma grande fatia, aprenderam a agir "feito homem" no mundo outrora deles e, agora, quer que tudo volte a ser como antes?? Nononononono!!!!! Praticidade acima de tudo, coisa que antigamente não existia.

    De resto, já sabem!!
    Bom "vê-las".

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  3. Amiga Sophia, você bem sabe que, tal como a Cristina (amiga da Vicky), eu não acho que a questão seja 'saber realmente o que se quer'. Quem é que sabe exatamente, afinal?

    Dose é esquecer a (n)etiqueta e dar um del no respeito pelo que se 'viveu' com o outro. Tipo e-mail bomba às 3 da tarde, no meio do expediente de trabalho, tá logada?

    E pra continuar refletindo sobre o assunto, recomendo a leitura:
    http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/12/08/mobilidade-e-interatividade-compoem-o-novo-social/

    "O desafio é não ficar deslumbrado com o potencial da tecnologia e desaparecer em avatares, em personagens intangíveis nas diversas redes formadas. Afinal, o calor de um processador com o cooler quebrado não substitui o calor humano."

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  4. O link ficou partico. Lá vai:

    http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/12/08/mobilidade-e-interatividade-compoem-o-novo-social/

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  5. Aff. Partido. De novo. Vou linkar no próprio post.

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  6. Lesada!!!

    Ah, perfeito esse trecho. Sei muito bem o que é isso: " Dose é esquecer a (n)etiqueta e dar um del no respeito pelo que se 'viveu' com o outro."

    Só acrescento ( de novo!) que deve ser triste e frustrante quando se percebe que todas as atitudes foram em vão, as mudanças, adaptações, alterações, cedências e afins.
    Dá uma certa raiva. Não delas, das pessoas. Mas de nós, por acharmos que conhecíamos a pessoa.
    Mas enfim, fim. Logo passa.
    O blog tá bombando.
    E Bia, vamos berrrrar!!!!!

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  7. Quero berrar também, mas tô sem tempo! (óbvio)
    Hoje tô ótima pra fazer comentários! Ácida, azeda e muito P da vida com a vida!

    Relações!

    Não tenho medo delas, tenho pés atrás com esses homens de agora que se assustam com "combos", que fogem de conversas e que utilizam a tecnologia pra se livrar com mais praticidade de seus pesos.

    Não que nós mulheres não façamos tbm, uso de bons torpedos e e-mails pra soltar os cachorros e "vomitar" tudo que nos deixou mal...claro! usamos sim esse recurso! Só que usamos menos! Pq ainda nos restou a essência feminina, que dá valor sim ao olho-no-olho, que dá valor sim a palavra dita.
    Impressionante a capacidade que os recursos tecnológicos tem!
    Palavras bem colocadas, e-mail bem "produzido", milimetricamente pontuado, acabam sendo uma "obra de arte"...pq qdo lidos, tem uma carga tão honesta, tão verdadeira. Outro dia li um desses...aff...quase (ou) senti pena de quem escreveu...que luta, quem embate pessoal, um lado sofrendo por "ter" que deixar alguém MUITO especial, outro lado prático, sabendo que a vida exige sacrifícios qdo se tem planos e metas...o tal e-mail foi de arrepiar! Sinceridade total...kkkkkkkkkkkkk...até q a vida...essa que não é virtual, que é vivida por nós dia-a-dia presencialmente, deu seu jeitinho de mostrar que palavras escritas, são só palavras...(as ditas tbm podem ser, mas a alma entrega!).
    Adoro tecnologia, amo os SMSs,o MSN, o G-talk, e-mails, posts...mas amo mais ainda a sinceridade que pode e deve estar em cada caractere digitado e pricipalmente, amo o diálogo verbal, ao vivo, a cores...do tipo que os sinais corporais são mais valiosos que a palavra dita!

    Só pra entender: no processo comunicativo preencial,a palavra dita, tem apenas 7% de peso, enquanto que a entonação tem 38% e a expressão não-verbal(corpo/gestos/expressão facial e corporal) tem 55% de peso! Sendo assim, qdo a conversa acontece "íris-na-íris", fica mais difícil maquiar a intenção real que temos!

    Isso, nem a Microsoft consegue nos dar...pq seres humanos tem a capacidade da comunicação através da fala, sem a necessidade do uso de qqr recurso...basta a dsponibilidade, o assunto, emissor e receptor! O canal verbal é o máximo!

    bjs meninas!

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  8. 'Não tenho medo delas, tenho pés atrás com esses homens de agora que se assustam com "combos", que fogem de conversas e que utilizam a tecnologia pra se livrar com mais praticidade de seus pesos."

    Acho que sou menina pelo visto! E com MUITOS, PÉSSIMOS e INACEITÁVEIS defeitos, só phode!!!

    "Palavras apenas, palavras pequenas...palavras". (In)felizmente acho que nunca o ser humano desejou tanto a praticidade, pena que não soube até hoje lidar com ela, levando-a a crer que o mundo de nossos pais, as gerações antigas que, sim, eram felizes.
    Mais engraçado ainda é ver que a gente tá aqui, reclamando de uma porção de coisas que a tal tecnologia e modernidade nos impõe, esquecendo que em inúmeras, milhares, dezenas de outras situações recentes, passadas mas recentes, tivemos as mesmas atitudes que atualmente temos, ou reclamamos que existem.

    Acho que o problema não é da tecnologia, da Microsoft, do Bill, do Steve, nem de ninguém.

    O problema somos nós, seres humanos, que adoramos complicar tudo, reclamar de todos e não olhar pra dentro. Pra isso não existe upgrade e manutenção que dê jeito.

    No resto...

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  9. Espetáculo!!! Como conseguiste traduzir nesse texto tempos tão, tão e tão atuais?

    Retrato da "modernidade líquida", como diz Balman em seu livro. A instantaneidade das relações, que vem e vão, de forma tão líquida e fluida, apenas apertando o singular del em cada recurso tecnológico.

    Não posso negar que tenho um saudosismo pela palavra "antigamente". E por que não esperar pelas flores? E por que não enviá-las? Quero muito tudo isso sim!

    Queimamos a porra do sutiã nas ruas pra militar contra a desqualificação. Lutamos em favor da equidade, da igualdade, é verdade! Mas continuamos sendo desqualificadas, de forma um pouco mais velada, só que agora sem romantismo nenhum!

    E o que dizer dos famosos "balões" sem nenhuma justificativa, um torpedo, um e.mail ou qualquer palavra, ainda que seja virtual? Simplesmente seres que se tornam invisíveis, tais como as mágicas que assistíamos quando éramos crianças...

    Bem, quantos aos balões, esses merecem um post a parte, já que desde menininhas também, aprendemos que não temos controle sobre os balões... eles escorregavam pelas nossas mãos, lembram-se?

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  10. Bia, nada como um sol e umas latinhas de cerveja para clarear a mente. Post reflexivo, inspirado, e até contido.

    Enquanto as mulheres buscam a humanidade nos relacionamentos, os homens, cyborgs, apelam para o digital. Nesse momento faço um apelo as comparsas, o novo funk do verão carioca, ado a ado cada um no seu teclado! Quero ver aguentarem uma relação 3.0 (universo totalmente digital).

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  11. Já pararam pra perceber que os últimos posts são só reclamações e blás-blás-blás?? Já reparou a situação de cada uma de vocês, a vida, as divergências internas, pessoais, os problemas, os percalços, os novos-problemas, os velhos, enfim.
    Já analisaram como e o que fazem da vida de vocês??? Já deram uma girada de 360 em volta, uma, duas, três vezes?

    Chegaram a alguma conclusão do que podem realmente fazer pra melhorar algo ou não ou a "culpa" é sempre de alguém?

    " Vitinho é pegajoso demais.."
    " Manoel é carinhoso demais..."
    " Eduardo é violento demais..."
    " Rafael é frio demais, ciumento.."
    " Daniel bebe demais..."
    " Isaías nem bebe, que coisa chata..."
    " João é burro, não sabe nada..."
    " Pedro tem marra de intelectual demais, odeio tipinho esnobe..."
    " Fábio só quer fuder, não faz mais nada..."
    " Mauro não me procura tem semanas..."

    Será que somos nós mesmos que temos que, ou somente, melhorar? Se o cara tem pau grande não rola, se tem pequeno não rola, se não chega junto é atirado e vc não é "dessas", se não chega é gay, se fala alto quer se exibir e não tem educação, se fala baixo é tímido demais. Um é gordinho demais, o outro "não faz meu estilo sarado, muito forte"....

    Enfim, analisem bem! Será que a culpa está sempre na "gente"? Na Web? na modernidade? No futuro? No passado? Nas relações? VocÊs fazem tudo certo o tempo todo e o erro vem sempre do mundo? Se repararem bem, os últimos posts do blog baseiam-se apenas em "reclamações".

    Não estou dizendo que estejam erradas, não estou criticando, pelo contrário - apesar dos pesares, tenho um enorme respeito e admiração por cada uma de vcs, mesmo com seus respectivos erros, acertos e dúvidas - até porque a bagagem de vocês é e sempre será maior que a minha.

    Venho aqui com uma sincera humildade de quem nas últimas semanas vem passando maus bocados que cada uma de vcs sabem bem, de quem conhece um pouquinho da história de cada uma, saber um pouco da barra que cada uma já passou( ex-relacionamentos, erros, acertos, tentativas ao máximo para que dê certo, entrega total em algumas situações, esperanças em outras, lágrimas aqui, sorrisos ali , ) fora que, bem ou mal, devido a meu (in)feliz lado observador das coisas e relações, já tive minhas histórias ( com namoradas, ficantes, peguetes, beliscos, casadas, solteiras, relação aberta, fantasia de casais, fetiches, desesperadas, despreparadas, inseguras, chatas, fechadas, abertas, frustradas, maníacas, ciumentas, possessivas, nossa, vcs possuem em tantos formatos e variações que daria um post imeeenso..) e conheço um pouco também desse lado eternamente indecifrável que são vcs mulheres ( talvez por isso estamos sempre atrás. já pensou se fossem desvendadas facilmente? Pac Man seria mais prazeroso...).

    Enfim, quero dizer que venho aqui apenas levantar uma bandeira, visto que, ultimamente percebo esse blog meio "revoltado", amargurado, desesperançoso ( mesmo com Sophia - Humpf, saudades - precisamente afimando que nunca devem desistir. Assino embaixo ) e com uma certa mágoa com a atualidade e os "defeitos" que a modernosa tecnologia e seus resultados sociais trouxeram. Não vim dar lição de moral e nem mostrar A por B. Mas SIM, democraticamente, venho defender o lado dos machos-alfa, além de tentar mostrar também o lado de cá. Quem sabe não ajudam vcs um pouco a conhecer a gente?? Coisa que vcs acham que sabem.

    Será que tudo isso não é fruto do meio em geral??
    Quantas vezes vcs "sumiram", "terminaram" por um torpedo? Quantas vezes "fugiram" por e-mail ou nem os avatares deram pra uma esperada, por nós, resposta ou satisfação???

    Quantas vezes não tiveram tempo de "aparecer", " logar", "entrar" no mundo de alguém por estarem tão atarefadas com seus "online, ontime, fulltimes corporativos"????

    Quantas vezes abdicaram de sonhos em nome da felicidade alheia e chegaram a conclusão da perda de identidade? Quantas vzs insistiram e levaram a frente isso, somente pra agradar?? E quantas vezes reconheceram isso no lado de cá, de nós homens??

    É como em " A Comunidade ": SOMOS PESSOAS. E pessoas, independentes de homem ou mulher, possuem suas essências, seus sentimentos, desejos, suas friezas, mas principalmente seus defeitos e virtudes, como qualquer outro. Cabe a nós aceitarmos ou evitarmos. Se aceitamos, temos que aprender a lidar com eles - os defeitos e as qualidades. E principalmente a aceitarmos. Lógico que tudo tem limite, mas nada que um diálogo ( que SEMPRE deve existir) não aprume.
    Se evitamos, temos que encarar nossas frustrações, a sensação triste da perda, o inevitável choro por não ter dado certo. Sempre foi assim e sempre será. Mais que ninguém, sabemos disso.

    Quantas vezes correram feito Forrest, só pra poder dar tempo de comparecer a reunião das crianças, estar presente nas consultas, palestrar para estudantes, agendar aquela reunião com o fornecedores, enviar aquele e-mail ou torpedo ( ó eles aí!), e no fim do dia, ali estafadas, exaustas, cansadas, não se permitiram receber um carinho, um colinho de quem quer que seja?? Será que sempre estamos no bar, no happy hour, no futebol, na putaquepariu-a gente-com-peitão, por sermos todos frios, cachorros, canalhas, cavalos e covardes??

    Quantas vezes "receberam-enviaram-receberam-enviaram-mensagem recebida-mensagem enviada-caixa cheia" mensagens cheias de raiva e receberam algo carinhoso? Quantas vezes enviaram amores e receberam desprezos? Quantes vzs encaminharam saudades e receberam um "some"? Quantas vzs receberam um " Te amo " e responderam com silêncio? Quantas vzs o cel estava fora de área? Quantas vezes fingiram não ouvir ou que não receberam " nada, eu juro que não, ó!"??? E quantas vezes mais isso vai acontecer? E qts vezes vcs vão reclamar? E vão sofrer? E darão o troco? E receberão? Quantas? Alguém tem a resposta??

    Quantas vezes por opção, saudade, carência, solidão, " não tem ninguem melhor", não trouxeram - mesmo que por uma noite - o lixo de volta pra casa?? Na vã esperança de remexer nele, saber, desvendar possíveis respostas sobre o que foi digerido afim de entender porque tanto soluço ou arroto, ou apenas porque, (in)felizmente, aquele "restinho" ali ainda te dava um certo prazer e te fazia mais feliz que chocolate meio-amargo??

    Conseguem se identificar com tantas questões? Nós também. Também somos confusos, também não sabemos o que queremos, também temos nosso conflitos originados em tanta "confusão" vinda de vcs( e vice-versa), também achamos que amávamos, que não gostávamos, também não valorizamos e choramos, também mesmo sem gostar não tiramos vcs da cabeça - assim como vivemos na de vocês - também queremos diversão, sexo, gozar no final, também temos nossas fugas e "tpm´s" semanais, também aceitamos os seus filhos, amamos quando aceitam os nossos, entendemos quando vcs não desejam ter pimpolhos, também (tentamos) entender quando não desejam nem praticar, também temos mal-humor, também desejamos sorrisos as vzs, abraços, carinhos, sermos lembrados, também não entendemos quando vcs, ocultamente, possuem desejos por amigos nossos, também temos raiva, também acordamos "naqueles dias", também temos ciúmes, também não gostamos quando não temos, nós também tanta coisa...
    E porque tanto não-entendimento da parte de vcs se somos praticamente iguais (excetuando as partes encaixáveis)?????

    Mencionam que desejaram espaço, conseguiram, alcançaram, mas que nós homens agora estamos sem romantisco??? É verdade. Isso tudo é fruto e uma série de coisas. Arnaldo Jabour já mencionou que amar é cafona, o legal é ser de tudo e de todos. Pra que enviar flores se vcs preferem os canalhas? Os cachorros? Já pararam pra reparar? Sei que não são todas, estou comentando de uma forma mais ampla, como um todo. A culpa tb é de vcs mulheres, já que as marias mais "fracas" de cabeça, as mais interesseiras, fazem de tudo por uma viagem pra Saquarema num carro ponto zero. Nem que seja dar pro João e todos os seus amigos. Ela se libertou, esqueceram? Ela conta pras amigas que jantou fora e as amigas tb topam ir. E lá se vai João e os amigos nunca mais amarem ningue, afinal de contas tem marias se proliferando a rodo, igual rato, pra que pagar pau pra uma, enviar flores, se amanhã ela vai me trocar por um outro João?? Conseguem me entender? ( é que as vzs me expresso mal, meio confuso )

    Existe uma música do Racionais que se chama: " Estilo Cachorro". Ele relata uma história que prefiro que ouçam. De repente entenderão. Vcs buscaram tanto a liberdade ( em todas as vertentes) que conseguiram. E se nivelaram com a gente, ganhando merecidamente o direito de fazerem tudo.
    Porque não dar na primeira noite? Porque não convidar pra sair? Porque conter desejos e fantasias, sejam as mais loucas possíveis??? Não precisam mais, vcs conseguiram. Isso é o máximo. Mas é isso que digo, que vcs chegaram onde estão e aprenderam a agir como "homem", mas que essa conquista trouxe mudanças drásticas pra nós homens sim. Admitimos.
    E ainda afirmam: " enquanto vcs buscam a humanidade nas relações, nós, os cyborgs apelamos pro digital".
    Quem garante?quem disse isso? Entendo que tem homens fdp´s. Mas tb existem mulheres assim em qualquer esquina. É chato admitir. Não existe mais o ser, apenas o ter. Homens arriscam anos de relações por qualquer aventura amorosa. Moças trocam seus maridos, esposos e namorados - que podem viajar demais, passar por alguns problemas, enfim, qualquer culpa que as vzs temos como vcs tb - por uma pica fiel, ou ao menos uma que suba. Estou mentindo?
    Não digo de A, B ou C mas é o que mais vemos por aí. Basta uma rápida olhada aqui e ali, uma saída com bastante gente pra que ouçamos os maiores absurdos.

    Então, com todo respeito aos comentários, alguns concordando e alguns nem tanto, só vim tb mostra que existem os dois lados e nem sempre só o de vcs está certo. A coisa é muito maior que isso. Existe sempre o outro lado e os motivos ( que podem ser os mais banais, fúteis ou bizarros, reconheço) para que determinadas coisas aconteçam.

    Desculpe se me alonguei, mas me senti com liberdade pra abordar isso com vcs, mesmo que alguém interprete errado. Talvez pelos últimos acontecimentos, não só comigo, as coisas tenham ficado um pouco mais sensíveis aqui dentro, levando-me a isso.

    Antes de qualquer coisa, vcs precisam perceber que a vida tá passando aí fora. Ela tá aí, louquinha pra ser vivida enquanto a gente(me incluo) fica lamentando certas coisas. Parece mentira mas aí fora tem muita gente com o mesmos pensamentos que a gente, angustiados, revoltados, tristes por chegarmos a esse ponto. Basta termos uma paciência um poquinho maior, um olhar mais afeiçoado aqui e acolá e a gente encontra alguém legal, tenha certeza. Só não vale desistir de tudo, pq assim nem ozar mais a gente consegue.

    Ufa!! Espero que me entendam e encarem este texto como um "plus" pra discussão, algo a ser pensado e não levado como crítica ou pré-julgamento, coisas que passam longe daqui.

    E vamos berrar!!!!!

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  12. E viva os comentários. Esse, sim, é o grande poder da tal 2.0. O diálogo em rede.

    Muito do que li desde ontem me fez dar muitos e muitos giros. E mudar vários conceitos. E ver as coisas de outro ângulo.

    Acho que você está certíssimo, Dani. Falando no Jabor, a crônica de ontem era justamente sobre a crise do significado - do quanto nos faltam palavras para expôr nossa indigação. Ou será que nos falta indignação pra falar?

    Seja como for, a questão não é homens x mulheres, bolinhas x luluzinhas... Somos espécie gente, da melhor qualidade e com todos os defeitos, sonhos, surtos ou desequilíbrios que fazem parte da vida. Essa, sim, um beta perpétuo. E estamos todos humanamente na mesma canoa (furada?).

    Erramos, sim, claro, todos, e o ctrl + alt + del ou o undo estão aí pra isso mesmo.

    Mas de que vale um blog na mão se não for pra reclamar um pouquinho, que seja? Fui ali, dei uns berros e voltei. Pronto, passou.

    E vamo que vamo que um ano novinho tá vindo aí. Resolução de ano novo: não reclamarei. Viverei apenas.

    Beijo grande.

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  13. e no final, a resposta acabou sendo via internet também. não há escolha. é digital e pronto!..rs

    adorei o post, meninas!

    bjs!

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  14. Muito bom. Concordo em gênero, principalmente quando comentei ontem no mailing a crônica dele.
    Voltando ao post, acho que é de total direito de vcs levantar qualquer assunto, mas talvez por estar numa fase mais sensível, percebi excesso de "reclamações" contra nós, jovens moços. Aí, resolvi tb levantar a bandeira, no intuito de colocarem vcs pra pensar ( não que não façam isso!)

    E seu final foi exatamente o que pensei ontem quando pra mim mesmo verbalizei: Quer saber? Virada de ano não vou pedir porra nenhuma, nem paz. Vou é deixar rolar. Quem sabe assim não tenho um ano bom." ( Assim como este último que passou. Que também foi bom pra kct, não preciso de reclamações.)

    Berremos, bezerros.

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  15. Crescemos sempre e ventilamos a mente (e o coração) quando partilhamos as emoções, pois muito mais do que discutir idéias e conceitos, o blog tem incitado que os sentimentos venham a tona.

    Dá vontade de BERRAR mesmo, criticar, reclamar, elogiar, concordar. Às vezes nos identificamos, outras precisamos fazer um contra-ponto.

    Muito bom ouvir a perspectiva masculina e conhecer mais o outro lado! Valeu Dani! Homens se manifestem, queremos compreendê-los!

    Que venha 2009!

    Desejo que utilizemos menos as nossas mãos para teclar e muito mais para abraçar!

    Que as nossas línguas reclamem menos e dialoguem e beijem mais!

    Blog duka!

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  16. Amei Relações 2.0! Sinal dos novos tempos, excesso de tecnologia nas relações, substituições online e muita solidão nas relações afetivas. Quem perde? Não somente nós, Bias e Sophias. Os homens também, que estão em sua grande maioria, nas salas de bate papo atrás de sexo virtual...
    beijos,

    Katia Costa

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